S. João!

[Lauren Hynde]

O Porto é uma nação. Quando acordar, digo mais qualquer coisa.

 

[P.Lighthouse]

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[Lauren Hynde]

No comments!

Acho mal. Se há coisa que todos devíamos fazer aqui, é comentar. Mas já é costume, adiante...

Muita gente, como todos os anos, ou ainda mais. Todos completamente doidos, de martelo e/ou alho porro em riste a arrear em quem aparecesse à frente. Fogo de artifício muito razoavelzinho. Festa rija noite fora.

E andar pela cidade de manhã cedo é qualquer coisa. Caras de pessoas que nunca antes vimos, mas aquele olhar de cumplicidade, como se agora partilhássemos um segredo só ao alcance de alguns, é imperdível.

A minha amiga teve de voltar para o Canada há algumas semanas e não pode voltar a tempo de viver isto pela primeira vez. É pena. Hoje, em Toronto, a Pride Parade contará com para aí um milhão de pessoas nas ruas de uma cidade com 5 milhões. O S. João do Porto tem para aí um milhão de pessoas numa cidade de 500 mil, e ninguém fica só a ver. Somos todos participantes.

Aqui ficam umas imagens de ontem à noite:

 

[seilah]

Nunca fui fã do S. João...
Mas concordo que há uma grande dose de loucura e outra igual de adrenalina cúmplice.
Durante os anos em que vivi na Maia, sempre que podia evitava o S. João, mas por outro lado... sempre que ia nunca conseguia sair de lá antes do raiar do Sol...
PARADOXOS portistas... ou serão nossos?

 

[P.Lighthouse]

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[seilah]

Isso é verdade... mas também há o meio termo, eu não gosto do carnaval mas sou (era) noctívago.

 

[gisella]

Eu estou com a Lauren sempre adorei as festas populares, desde as marchas ao fogo de artificio...

 

[Lauren Hynde]

O mais engraçado é que não sou apreciadora de festas populares.

Raramente celebro o Ano Novo, e não gosto do Carnaval. Quer num, quer no outro, a sensação que me dá é que é tudo tão antecipado, tão coreografado, que uma pessoa se tem de divertir e dançar e andar aos saltos dum lado para o outro. Eu nisso não alinho. Divirto-me quando me apetece divertir, e não quando o calendário diz que tem de ser. As marchas populares em Lisboa são tão coreografadas como o Carnaval do Rio. Não alinho nisso.

Mas o S. João--não sei, há qualquer coisa de diferente. Há mais espontaneidade. Se não me apetece dançar, não danço. Se não me apetece entrar numa rusga, vou por outra rua. Se não me apetece sardinhas e pimentos, como uma fartura ou três. O que eu gosto mesmo é de sentir o pulsar da cidade nessa noite. Testemunhar a sua vida.

 

[seilah]

Este "thread" hoje devia passar a "S. PEDRO"

 

[Lauren Hynde]

Hoje há folia outra vez, mas é mais abaixo um bocadinho, na Afurada. Nunca fui, mas o fogo de artifício, que consigo ver da janela do meu quarto, costuma ser giro.

 

[seilah]

eu costumo contentar-me em ir jantar às tasquinhas de S. Pedro de Sintra.

 

[Lauren Hynde]

O problema é que, ao contrário do S. João, no dia seguinte não é feriado.

 

[seilah]

No concelho de Sintra é... e em mais alguns outros do país. Bem sei que o Porto é uma Nação, mas existem outras nações mais pequenitas por aí...

 

[Lauren Hynde]

Também têm direito, coitadas.

 

[P.Lighthouse]

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[seilah]

Qual quê!!
Portugal consiste numa só nação, se bem que desde há alguns anitos temos um grupo de pessoas lá no nordeste que falam uma língua diferente.

 

[Qyron]

Sempre falaram, mas foram só agora reconhecidas como falantes.

E o mirandês até me parece ser uma língua bastante interessante de estudar. Imagino os palavrões...

Os livros do Astérix já têm algumas edições em mirandês.

 

[seilah]

Bem sei, ainda não vos tinha dito, mas eu sou mirandês.

 

[Qyron]

Ensina a quem não sabe.

 

[seilah]

Aliás, agora me recordo que já vos tinha dito sim senhor. A Lauren até mencionou que tinha postado uma ligação para um curso de mirandês on-line.

Já vou buscar...

 

[P.Lighthouse]

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